Existem 3 tipos principais
de tumores da pele:
Surge nas células basais, instaladas na camada mais profunda da epiderme e é considerado o tipo de tumor mais prevalente. Tem baixa letalidade e grande chance de cura quando detectado precocemente. Se manifesta de várias formas: pequenos nódulos, brilhantes, feridas que não cicatrizam, manchas planas com ou sem descamação, etc.
É o segundo tipo de tumor mais prevalente, originário das células escamosas ainda dentro da epiderme. Se apresenta como feridas que não cicatrizam, manchas ásperas e por vezes avermelhadas, nódulos e ulcerações.
Apesar de ser o tipo mais raro dentre estes tumores da pele, é também o mais grave de todos, com maior índice de mortalidade. Este tipo de câncer tem origem nos melanócitos, células que produzem melanina, o pigmento que dá cor à pele. O Melanoma, em geral, se apresenta como uma pinta ou sinal na pele, em tons acastanhados, que têm evolução gradual, mudando de cor, tamanho ou formato.
Quando diagnosticado e tratado precocemente, as chances de cura são superiores a 90%
O surgimento de pintas e lesões na pele devem sempre ser bem avaliados pelo dermatologista e pelo próprio paciente, através do autoexame. Nem todas as pintas são consideradas suspeitas, você sabia? Geralmente, as lesões que devem ser retiradas para análise são aquelas que têm dificuldade de cicatrizar, com descamação ou sangramento local, ou que mudam de tamanho, forma e cor ao longo do tempo.
Um dica interessante para avaliar as suas pintas e manchas é a regra ABCDE, em que elas apresentam:
A Dermatoscopia é o método utilizado pelo Dermatologista para avaliar as lesões de pele (benignas, pré-neoplásicas e malignas) com melhor acurácia.Trata-se de um exame não invasivo que utiliza o Dermatoscópio, que é um aparelho com lente de aumento, proporcionando a ampliação da imagem em pelo menos 10 vezes, para uma melhor visualização de estruturas que não são visíveis a olho nu.
O principal objetivo da dermatoscopia é o diagnóstico precoce de lesões cancerosas, otimizando assim o tratamento e as chances de cura. Conseguimos diagnosticar pintas suspeitas desde a sua fase inicial, quando a lesão ainda é pequena, simétrica, com bordas regulares, que a princípio não se mostraram preocupantes no Autoexame seguindo a regra do ABCDE.
Essa avaliação minuciosa realizada pelo Dermatologista especialista em Oncologia Cutânea também reduz a indicação de cirurgias desnecessária.
Antes de tratar, prevenir é a palavra de ordem.
Para prevenir o câncer é fundamental:
Usar o filtro solar indicado pelo seu dermatologista diariamente. É importante lembrar de reaplicar o produto a cada 3 horas, mesmo nos dias nublados e chuvosos;
Evitar se expor ao sol nos horários de pico (das 10h às 16h) e apostar na proteção mecânica da pele, com o uso de roupas, óculos e chapéus;
Na praia ou na piscina, utilizar barracas feitas de algodão ou lona, que absorvem 50% da radiação UV. As barras de nylon são pouco confiáveis, 95% da radiação ultrapassam este material;
Realizar o autoexame, observando se as suas pintas ou lesões evoluem, mudam de tamanho, cor ou formato ao longo do tempo;
E por fim, mas não menos importante, consultar-se com o dermatologista regularmente para um diagnóstico adequado da pele.
Após um diagnóstico de Câncer de Pele , é importante que o paciente escute todas as orientações do seu dermatologista em relação às opções de tratamento disponíveis e às melhores indicações em cada caso. A retirada das lesões suspeitas da pele pode ser feita por meio de diversas técnicas da Cirurgia Dermatológica, como:
A Cirurgia excisional: utiliza-se um bisturi para a retirada da lesão com margem de segurança na pele, e o material é enviado para avaliação anatomopatológica;
E a Cirurgia Micrográfica de Mohs: procedimento um pouco mais complexo, em que o tumor e a margem de segurança são retirados e imediatamente analisados no microscópio.
Além da remoção cirúrgica das lesões, o tratamento do Câncer de Pele pode ser associado, em determinados casos, à radioterapia, quimioterapia e/ou imunoterapia. Pacientes que tem contraindicação para cirurgia podem apostar no uso de produtos tópicos, criocirurgia e na curetagem. Somente um médico especializado pode avaliar e prescrever o tipo mais adequado de tratamento para cada paciente.
A cirurgia micrográfica de Mohs pode ser considerada a técnica mais refinada, precisa e efetiva para o tratamento dos tipos mais frequentes de câncer da pele. Por meio dela é possível identificar e remover todo o tumor, preservando a pele sã em torno da lesão. O procedimento consiste na retirada do câncer da pele, camada por camada, e do exame de cada uma delas ao microscópio, até que se obtenha margem livre, ou seja, até a remoção completa do tumor (o nível de precisão e acerto pode chegar a 98%). Esta precisão é possível já que praticamente 100% das margens são checadas pelo microscópio, durante a cirurgia. Após a obtenção da margem livre, é realizada a reconstrução da ferida (resultante da “retirada“ do tumor).
Para a realização da cirurgia micrográfica de Mohs é necessário que o médico tenha conhecimento dos tumores, de histologia, de cirurgia, assim como de técnicas de reconstrução.
O nome cirurgia micrográfica relaciona-se ao mapeamento e orientação precisos realizados durante a cirurgia de Mohs, o que permite retirar o tumor e, ao mesmo tempo, o exame, conforme descrito acima. Já o Mohs vem em razão do nome do criador da técnica, Frederic E. Mohs, que a criou nos anos 1930. Contudo, com o desenvolvimento tecnológico na medicina, essa técnica sofreu grande transformação, em especial com o emprego do criostato, aparelho que permite congelar e realizar os cortes da pele, para que seja realizado o exame do tumor durante a cirurgia.
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